Brasil Brasileiro

Independente do resultado final do Big Brother, Gyselle ou Rafinha. Entre Globo, Bial e Boninho, entre cada um dos 14 Brothers. Aquele que deixou mais a desejar foi o povo.

Como não podemos eliminar nós mesmos. Precisamos ir ao confessionário e admitir nossos pecados. Provavelmente a máquina mostrará um tarja vermelha “Mentira”. Pois é difícil admitir, necessitamos de muito mais educação, melhores valores e cultura para ter um melhor discernimento e fazer melhores escolhas.

Procuramos argumentos irrelevantes e irracionais para fazer nossos julgamentos:

Que diferença faz o estado ou região onde a pessoa nasce para determinar sua qualidade? Somos todos brasileiros e isso é o que importa. Se Alagoas é o estado origem da maior quantidade de políticos corruptos então todo o povo deve ser julgado igual? Se Pará e Mato Grosso tem a maior parcela de desmatamento no país então toda sua população é culpada? Deveríamos restringir os bairrismos ao esporte somente por pura diversão e competitividade, não a inimizade.

Se não lava o cabelo, se é gay ou bi, se discute a relação, se lava louça, é infantil, é inteligente ou burro, se atrai ou é atraído, se aparece a calcinha, se faz piada, se é rico ou pobre, se é homem ou mulher, se é moralista ou liberal. Em suma, usamos todo tipo de bobagens e pré-conceitos nos argumentos para julgar.

Temos escolas e não estudamos, temos democracia e fazemos escolhas erradas, temos igrejas e não lemos bíblia, temos riqueza e somos pobres, compramos nossa consciência com o dízimo. Resultado: 30% do povo escolhe Marcelo, representando a elite que usa seu poder e inteligência a seu favor e em detrimento dos outros e, 50% do povo escolhe Gyselle, representando o próprio povo que não faz, não trabalha, não estuda, não evolui e recebe do governo seu salário-família e dos céus suas bênçãos. Estes percentuais assustam. E o planalto em Brasília reflete nossa falta de bom senso.

Tiraram a máquina de lavar, vamos ter que lavar a roupa suja nas mãos!