terça-feira, 25 de março de 2008

A(Final)

No penúltimo programa do Big Brother Brasil, o mais importante para formar opinião daqueles ainda indecisos, um total de 3 pessoas espalhadas no continente Brasil. Foi decidido colocar os finalistas contra a parede e sentir sua reação. Antes disso, como se diz que antes da morte se passa um rápido filme da vida na cabeça, um curta-metragem da vida dos finalistas foi exibido, os editorem devem ter tido dificuldades opostas. Encontrar momentos de ação e emoção para Gyselle e escolher para Rafinha.

Bial e sua “máquina” da verdade que, ele insiste em nos ensinar que de fato se trata de um programa de computador, partiram para o tudo ou nada. Na tentativa de acender uma luz sobre o passado de Gyselle, pediu que contasse sua história. Gyselle no melhor estilo de políticos, mudou o assunto - ao invés de sua vida contou a quão guerreira e autêntica ela é. A medida que foi pressionada por Bial foi ficando pálida com as extremidades do rosto ruborizadas. Bial tocou nas feridas mais cutucadas aqui fora da casa, Gyselle fria, insensível, oculta e dissimulada - não exatamente por pretender ser o que não é, mas esconder quem é. Gy rebateu todas as acusações, foi vítima ao invés de se auto-isolar, não é fria e insensível, mas fruto de uma vida de luta muito sofrida.

Não acredito que Gyselle mentiu propriamente, mas Gy já demonstrou não ter um bom discernimento e julgou erradamente em quase todas poucas opiniões que emitiu sobre outros, ou, sem o menor conhecimento, aceitou cegamente as opiniões que Thalita, Marcelo e Rafinha lhe deram. Não reconhece a verdade que Bial lhe disse e, a chamada vida sofrida de luta pode ser provavelmente traduzida melhor em: vida fácil que fere o orgulho, a alma e faz a pessoa ficar insensível, reclusa. Ou se acostuma com esta vida, ou volta para casa. Vai depender de um milhão no bolso. Particularmente, acho que nas mãos de uma limitada Gy, este dindin teria vida curta com a quantidade de gente a esperando ansiosamente fora da casa, inclusive políticos zopilotes de sua terra natal. Gy voltaria em médio prazo para seu estilo de vida na França. Mas vou fazer como Gy e me calar para não falar demais...

Para Rafinha ao invés de propriedades do caráter, Bial lançou mão de erros pontuais: piscadas para câmera, rabos de saia e a não assistência a Nat. Rafinha, sempre meio sem jeito com Bial, pegou carona de Gy e falou de si mesmo na terceira pessoa, ao invés de negar, assumiu a falha com Nat e que realmente as mulheres da casa balançam.

Existe muita diferença em atuar para as câmeras como se não soubessem que existissem 40 milhões atrás dela e de vez em quando interagir com elas explicitamente. Ainda mais quando é na brincadeira e não para falar mal dos outros. Na verdade questionaria Rafinha sobre algumas poucas coisas mais sérias que fez no curso do programa.

Depois que Gy recebeu algumas alfinetadas sobre sua frieza e diferente de outros paredões, ao receber a notícia de vitória ela tem se jogado ao chão no melhor estilo de Thati. Os princípios de choro são caras enrugadas que rapidamente voltam ao normal. Para não cair no erro do choro sem lágrimas de Thati e Marcelo, quando vai entrar em prantos para valer, se esconde debaixo do edredom, sem antes esquecer de colocar o microfone. Depois de receber a notícia de que passou em branco na máquina da verdade, foi pulando de alegria até o banheiro para rir? Não. Para se aliviar? Não. Para desabar em um choro previamente premeditado. Um choro de soluçar curiosamente de alegria narrada por ela mesma: “vou ver minha família!”, “como estou feliz!”. De repente, em uma fração de segundo, a voz normal voltou instantaneamente: ”Pronto! Já chorei!". Saiu do banheiro com a cara limpa, séria e já conversando naturalmente com Rafinha que a esperava fora do banheiro para confortá-la de tamanha dor. Rafinha disse “ai meu Deus” e foi embora.

Marcelo depois de ouvir Gy o criticando novamente, mudou de opinião pela 79º vez e agora torce contra Gy. Alguém ainda continua interessado em divulgar o que ele diz? Deve ser humor negro!

Aqueles que gostam de Rafinha ou Gy melhor não os assistirem mais até a final. É uma prova de resistência observar Gy que decidiu agora falar para as câmeras, ser simpática e agir com cortesia. Rafinha previsível e sem graça. Inversos do que são. Ambos coloridos, aromatizados e embalados artificialmente aguardando a “acirradíssima”, “irracionalíssima” e recorde final do BBB!

Aproveito para me despedir, pois caso Gyselle vença, vou me arrepender do que irei escrever. Parabéns a Rafinha com ou sem o prêmio final, provou que para ser um exemplo de pessoa não precisa ser um excepcional exemplo de vida. Mesmo porque têm de sobra pela frente.

Obrigado principalmente aos Brothers que nos emprestaram a cara para que possamos bater e, todos sem exceção com tudo de bom ou mal que mostraram ou esconderam, nos fizeram companhia.

Algo importante que o Big Brother pode mostrar e, que muitas vezes não é possível perceber em uma existência: lá dentro podemos observar que aqueles que odiamos também têm dores, erram, se arrependem e erram de novo. Não são tão diferentes de nós mesmos - nossos inimigos aqui fora também. Melhor usar a cachola antes de pular no pescoço de alguém em uma briga qualquer, antes de tentar destruir um rival, ou até antes de puxar o gatilho. No lugar de jogar fora convém primeiro tentar consertar ou reciclar.

Nenhum comentário: