quarta-feira, 12 de março de 2008

BBB 8.5

Mesmo que trinta por cento seja um número alarmante, existe a esperança de que a maioria da população se, não praticar, pelo menos em teoria rejeita a prática do mal. Infinitamente mais importante que esse ou aquele Brother vença, é saber como anda a saúde do coração na sociedade. Imagine agora um desenho da Disney sem a o Bafo de Onça, o Scar, o Capitão Gancho! Acabou a graça? Existe diversão sem raiva, sem ódio e sem vilões? Sim! Procurando Nemo, por exemplo! E ninguém no Big Brother é uma Madre Teresa de Calcutá, apesar de que não existam astros de primeira grandeza como Marcelo, que ao sair da casa já soltou um “falem mal, mas falem de mim”. Não é bem assim, Marcelo vai sofrer um bocado quando estiver na solidão de seu quarto.

Agora sim é hora de perdoar. Se na casa era imperdoável, aqui fora, é bom lembrar que Marcelo está doente. Doente da cabeça é um termo repugnante, mais correto é dizer que Marcelo está doente do coração, está necessitando de quem lhe ame como precisa de ar para respirar. É tão urgente que ele chega a cobrar! E se Marcelo está mesmo indeciso (creio que não) sobre suas opções sexuais é porque anseia qualquer forma de amor. Precisa livrar-se da paranóia de que, se alguém não esta ao seu lado, se lhe falha, se não lhe ama, então esta pessoa é seu inimigo. Precisa achar um ponto de equilíbrio entre narcisismo e baixa auto-estima, entre amar e odiar e pessoas. Precisa aceitar a falha dos outros como aceita as suas próprias. E pode negar, mas vai precisar muito da nossa compreensão. Afinal teve uma vida social difícil e merece alcançar paz e felicidade por todo seu esforço, cultura e superação. E mais do que tudo, Marcelo também esta precisando de um bom puxão de orelha da mamãe, não vai ganhar presente de natal este ano!

Voltando para dentro da casa. Quem acreditava na sintonia de Gyselle e Marcelo, pôde ter agora um ótimo exemplo ao observar a dor de ambos na separação. Gyselle praticamente lhe deu um tapinha nas costas e desejou boa sorte. Já Marcelo estava quase saindo após o último abraço de todos quando precisou ser chamado por Gy para dar um nela também. A porta se fechou e, antes de todos poderem respirar aliviados, momentos intensos se passaram na cabeça dos Brothers e refletiam nitidamente em suas faces: particularmente de Gyselle que recebeu até um longo zoom da câmera. Dava a impressão que uma vitamina mista de indiferença, pena, dor na consciência e outros sentimentos contraditórios se diluíam, mas acima de tudo “como é que eu fico?”, “se eles rejeitam Marcelo então me rejeitam?”. Já Marcos não sabe mais o que fazer para ficar do mesmo lado que o público, quando resolveu ir contra Marcelo, ficou com cara de bobo ao vê-lo voltar do paredão, virou grande amiguinho dele mesmo com os ciúmes de Nat e Thati, e agora na saída de Marcelo ficou com cara de bobo novamente, as rugas não queriam sair mais de sua testa franzida. E deixa com cara de bobo a gente também que gosta dele. Thati deveria ser a mais feliz, entretanto, guardou a cara de alegria, manteve a cara de “politicamente correta” e internamente deu graças, pois, não estava mesmo conseguindo se aproximar do então popular Marcelo. O mais improvável foi o único que demonstrou carinho por ele, Rafinha se emociona ao ver o boné deixado por Marcelo dentro de sua mala. Natália não escondeu o alívio que sentiu com a eliminação assim como, não esconde o amor legítimo que sente a Rafinha e Marcos e o desprezo por Fernando sempre que este é lembrado por Rafs.

Vida nova no Big Brother Brasil que se aproxima da reta final!!

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